Olá Bonitonas e Bonitões!!
Depois de 3 dias, ou melhor, noites quase em claro vidrada na história de Voo Livre, terminei hoje, com lágrimas nos olhos a leitura. Não, ela não é triste, mas é muito bonita e emocionante, talvez por se tratar de uma história real, e também pela poesia com a qual Ignez seduz seus leitores eu tenha me sentido tão envolvida… para ser sincera, era como se visse em um filme de cores bem vivas, HD, cada cena que ela narrou, cada informação histórica, sensações e momentos que descreveu fazendo com que me sentisse parte daquela história.
Uma pessoa que transmitiu em suas palavras tanta simplicidade, pureza, coragem, e uma confiança incrível e inspiradora. Ela nunca teve medo de aprender, sempre teve sede de conhecer tudo com detalhes, não se contentava, não bastava, o céu era o limite. Estou tão encantada, e me identifiquei tanto em tantos pontos, acho que qualquer um que ler Voo Livre vai acabar se sentindo de alguma formar representado e inspirado pois trata-se da história de uma pessoa que resolveu ir contra todas as convenções, “comodidades”, padrões, a sociedade de forma geral, para ir em busca de um sonho, em busca da sua libertação, em busca de si mesma.
Seguindo a dica de uma colega de grupo vou apresentar resumidamente a história. Nascida em 9 de agosto de 1930 em Araras, uma pequena cidade do interior de São Paulo, seu destino era como o da maiorias das moças da sua época, casar, cuidar dos filhos, formar uma família próspera e feliz, de acordo com os padrões da sociedade, porém uma viagem ao Japão muda sua forma de ver a vida, de enxergar a si mesma e desperta sonhos e vontades que ela havia deixado adormecer dentro de si. Em meados dos seus 50 anos ela toma uma decisão que muda totalmente sua vida, se separa, compra uma passagem para Londres, e depois disso, nem o céu é o limite para Ignez, que passa a viver bonitas e intensas aventuras não só pela Inglaterra como em diversos países.
Ao longo de sua história são tantas coincidências, anjos que apareceram nas horas certas, como ela mesma diz, personagens interessantes com histórias intensas, as vezes tristes, outras alegres, lugares descritos de uma forma tão linda, rica em detalhes relevantes, a coragem, a persistência, determinação, um amor que liberta, que dá asas, uma vida transformada pelas decisões acertadas, ainda que sem ter certeza do que a esperava, “de uma mulher que ousou enfrentar o mundo”.
Durante a leitura me lembrei muito das minhas madrinhas, uma era a minha avó, tenho certeza que ela seria bem mais feliz se tivesse conseguido fazer voos livres por aí… nem que fossem por aqui mesmo no Brasil… se libertasse de tantas obrigações e amarras que fizeram-na acreditar que eram dela… E da minha outra madrinha, que é um dengo de tão linda, que está com tudo para aproveitar a liberdade recém conquistada de ser ela mesma, e que com toda certeza merece alçar esse voo, inclusive, ela foi a minha inspiração para comprar esse livro, comprei um de presente para ela… ^_^
Assim como a protagonista do livro, mas com frequência e cobranças normalmente bem menores, muitas de nós somos chamadas loucas. Para ser louca nessa vida é simples, é só não querer seguir o padrão, preferir ser livre, abrir mão das falsas seguranças para lutar pelo que se quer, pelo que se sonha. Ignez Baptistella talvez seja a heroína que buscamos para exemplificar e ter certeza que sim, vale a pena seguir o coração, que ajudará, de certa forma, a mostrar para algumas pessoas, que percebo presas em vidas que não gostam, que vale a pena sair em voos livres por aí… E ao contrário das inspirações que geralmente buscamos, ela é real e está bem mais próxima da nossa realidade, uma pessoa gente como a gente que sonhou e realizou.
E sendo bem atrevida e ousada roubando uma frase do livro, agora já tenho até resposta para quem vier me lembrar da minha loucura: “Louca não, diferente!” rs
Bom, depois dessa declaração de amor pelo livro, fica óbvio que recomendo para todos… principalmente para aqueles que desejam realizar sonhos e planos que parecem impossíveis… 😉